Mesmo debaixo do uniforme termoisolante, as chamas eram intensas o suficiente para fazerem seus olhos lacrimejar. Zack, apesar de ser um cara durão…

O símbolo vermelho pichado na parede estava virado. Era como eu conseguia enxergá-lo com meu rosto colado no chão e minha visão turva, quase se apagando.

Era um fim de tarde frio e com ventos malcheirosos soprando do lado leste de Ohio. O Emaranhado avançava vindo da Pensilvânia e já havia engolido Pitsburgo e Cleveland…

As águas do Oceano Índico brilhavam com um misto de tonalidades oscilantes entre o laranja do pôr do sol e o vermelho-sangue das auroras boreais radioativas.

Ainda me lembro do dia em que as luzes do laboratório piscaram e os sistemas de segurança falharam. A porta, que estava trancada há anos, de repente se abriu.

A poeira avermelhada enturvava a visão fazendo com que precisássemos ligar os faróis do carro mesmo estando de dia. A região do Jardim Palmares foi uma das que receberam uma chuva de areia quando as bombas estouraram, deixando uma extensão de quilômetros quase submersa com dois palmos e meio de terra vermelha. Durante alguns poucos anos fora impossível respirar por aqui, pois a atmosfera se tornou

Nos Ermos é assim: ou você ganha ou você perde. Não dá pra ficar parado. Todo dia é dia de luta e ganhando ou não, você sai com escoriações e arranhões, até quando não aguentar mais. Aquela vida pacata com rotinas empresariais, compras no supermercado uma vez por mês e salário na conta, já não rola faz tempo.